quarta-feira, 30 de junho de 2010

Trânsito no trilho sem trem

O trem passou.
As pessoas passam.
Curiosos pergutam.
Turistas fotografam.
Alguns apenas olham.
Outros esqueceram da Gare.
Já não resgatam o que é seu.

Gare de Santa Maria - RS

domingo, 27 de junho de 2010

Sala de espera?


Sala de espera?
Upload feito originalmente por Bernardo Bortolotto
Será que destas aberturas os passageiros assistiam ao movimento enquanto esperavam o próximo trem? Gare de Santa Maria - RS.

Brasil, a força do futebol

O que seria do Brasil sem futebol? É ele que alivia o estresse, que reúne multidões, que reforça o patriotismo. Quando que os brasileiros estariam juntos gritando “pelo Brasil”, se não em Copa do Mundo?

Inclusive novos fenômenos estão surgindo nesta Copa, como por exemplo, a campanha lançada no twitter: CALA BOCA GALVÃO. Enquanto o narrador da Rede Globo comentava a abertura da Copa do Mundo, milhares de brasileiros twitavam a frase.

Resultado disso? O mundo quis saber o que era CALA BOCA GALVÃO. Alguns inventaram que era uma campanha em prol do meio ambiente. Mas já eram tantos internautas do mundo inteiro comentando que um jornal francês produziu uma reportagem para esclarecer o fato.

As proporções foram tantas que obrigaram ao apresentador global entrar na brincadeira e dar um depoimento sobre os twiteiros na tela da TV. Quando que os telespectadores interromperam uma programação da Globo antes?

O futebol ajuda, mais uma vez, a modificar o comportamento social dos brasileiros. Estamos nos dando conta da força que temos, mesmo que seja pela internet e por um esporte disputado entre países lá na África.

Vivemos num país desacreditado pela corrupção e orgulhoso pelo futebol. Nossas estrelas brilham dentro de um campo cercado por quatro linhas. E a cada quatro anos multidões se reúnem para torcer por um Brasil melhor. Por um Brasil, hexacampão.






Orvalho


Bernardo Bortolotto
Upload feito originalmente por Bernardo Bortolotto
Parece diamante, mas é muito mais valioso. A reserva de água vai saciar a sede da flor, os olhos de quem a vê.

domingo, 20 de junho de 2010

Banguela e careca: um jovem feliz!

Não sei quem foi, mas alguém decretou a “lei” de que é proibido envelhecer! E o que é pior, o tempo não para e ainda passa rápido. Quando menos se espera a ponta do côco da cabeça já está aparecendo e o que ainda resta de cabelo já está quase ou totalmente branco. Num dia de sol você acorda e a luz forte reflete num “pé de galinha”, no cantinho do olho, em frente ao espelho. Que ódio!

Sejam louvados os cirurgiões plásticos! Os inventores da tinta para cabelos! Um “viva” ao “Dr. Hollywood”, um médico capaz de alisar qualquer ruga, erguer qualquer peito, qualquer bunda! Chô dos corpos velhice! Saia destas mentes que não te pertencem e dê lugar à juventude, às novas modas!

Aliás, a moda é ser jovem, extravasar. Homens de 50 voltam a ser adolescentes e, os solteiros pegam todas nas vibes (porque boate já era, né?). As mulheres tentam ter um corpo de 20, de novo, e saem com alguns garotos, fazem ciuminhos. E as roupas exageradas (convenhamos, só ficam bem na gurizada). É proibido envelhecer, que tragédia!

A preocupação e o estresse são os principais causadores dos sinais no corpo. Então, porque lutar contra uma evolução inevitável do ser humano que nasce, cresce e morre? Essa tal de “lei” só vale para quem a ignora! A busca pela juventude mascara nada mais é que a busca pela felicidade. Mas quem extravasa para ser jovem de novo feliz? Ou fica mais feliz a cada cirurgia plástica?

Os velhos mais jovens que conheço têm cabelos brancos, rugas, usam chapas e aceitam a velhice! Estes, velhos são felizes e adoram o apelido “vô”. Lutar contra o relógio, pra quê? Toda guerra é desgastante e todos saem perdendo!

A empatia destes seres, despreocupados com a inevitável velhice, atrai jovens e a juventude não se preocupa com rugas que virão, cabelos brancos ou calvície. O jovem vive com o mínimo de preocupação e estresse possível. Sem a responsabilidade de um pai ou mãe de família, sem a pressão do chefe todo o dia. É aquela fase boa da vida, sabe? Aquela que só a velhice pode te devolver.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Um friozinho pra esquentar

Uma dupla perfeita! Difícil hoje em dia? Que nada! Um foi feito para o outro. É o legítimo exemplo de que o bom relacionamento depende de sintonia. A ação de um, pede pela do outro. O segundo aproveita a oportunidade que o primeiro oferece. E assim vai por anos e mais anos. Um casal inseparável. E, tudo indica que as paixões, de um pelo outro, serão renovadas para sempre.

O casal vive muito bem separado. Mas a distância, dá saudade. Quando estão juntos, é muito melhor. É saboroso como “queijo e goiabada”. Concordam em tudo! É a união divina entre o frio e o romance.

O frio, muito malandro que é, passa preguiça para todo mundo. Os namorados adoram uma desculpa para se encontrar e comer algo, dividir o sofá, essas coisas. Ah... o frio! Ele percebe a situação e logo sopra nas orelhas: “com esse friozinho, que tal um filme hoje?”. Lá vão os namorados e o frio para uma sala de cinema ou para casa.

Quando entra a noite fica mais frio ainda. Claro que é de propósito! Mais cobertas para dormir? Isso não faz parte desse relacionamento! Os namorados ficam mais pertinhos um do outro. Um abraço aqui, outro lá... Pronto! Resolvido o “problema” do frio.

O frio é a desculpa que faltava para um romance. O motivo para se aproximar de alguém ou para ficar um dia inteiro embaixo das cobertas. Para pegar aquele solzinho numa caminhada de fim de tarde. Ouvir o barulho das folhas secas a cada passo. Sentir a respiração um do outro. O frio é elemento importante para aquecer o amor! Ta com frio?

domingo, 6 de junho de 2010

Grêmio saiu campeão


Bernardo Bortolotto
Upload feito originalmente por Bernardo Bortolotto
O Grêmio Sãopedrense venceu por 2 a 1 o time do Renner, na tarde desse domingo (6) e foi campeão do Campeonato Municipal, Série A.

Mas, quem ganhou destaque na partida não jogou, apitou. O árbitro Leonardo Gaciba atraiu público para assitir ao jogo.

Veja fotos exclusivas do jogo em: www.flickr.com/bernardobortolotto

Agradecimento especial para Rogério Machado que permitiu as fotos de cima do campo.

Raridade em Silveira Martins


Bernardo Bortolotto
Upload feito originalmente por Bernardo Bortolotto
Nunca esperava ver nas árvores um canário como este. Acostumado a encontrar esses bichos tão lindos em gaiolas que fiquei muito surpreso ao vê-lo ali.

Havia mais de um e eles estavam comendo as larvas e frutos da ameixeira.

Este aí, pousou para a fotografia.

sábado, 5 de junho de 2010

Água quente!


Bernardo Bortolotto
Upload feito originalmente por Bernardo Bortolotto
Nesta chapa que a famílha do Diácono João Luiz Pozzobom esquentava água e cozinhava.

A casa onde ele morou está conservada, assim como alguns objetos. No quarto do Diácono encontramos uma cama de cordas e um colchão de palha, no qual eu pude deitar. É tão macio quanto muitos colchões de hoje. Mais barulhento, óbvio!

Com o fogo aceso na cozinha, a casa ficava quente e a família unida pelo calor, no inverno de São João do Polêsine.

Divino


Bernardo Bortolotto
Upload feito originalmente por Bernardo Bortolotto
A Cascata do Pingo está localizada no interior de Nova Palma. Para chegar até o local desta foto você vai pegar uma estrada de chão e passar por três pranchas de concreto, por onde escorre a água do cerro.

A paisagem é linda! Mas, não para por aí. Para chegar até essa queda de água terá que caminhar em torno de 300 metros, sendo uns 100 pelo caminho onde a água escorre.

Para chegar até onde eu e mais três colegas chegamos, terá que enfrentar os desafios das pedras. É muito bom! Só cuide para não resbalar...

Movimentada Vale Vêneto


Bernardo Bortolotto
Upload feito originalmente por Bernardo Bortolotto

O distrito de São João do Polêsine, Vale Vêneto, na Quarta Colônia atrai turistas do país inteiro graças a sua posição geográfica e também às delícias gastronômicas e visuais.

O número de visitantes aumentou no último mês devido as gravações do filme "O Carteiro", dirigido pelo ator global Reginaldo Farias.

Uma cena que se passa em uma delegacia era gravada uma quadra abaixo de onde foi capturada esta imagem.

Como podemos ver, restam poucas horas de luz e de gravação. O sol começa a se esconder atrás dos morros

Música para sentir


Bernardo Bortolotto
Upload feito originalmente por Bernardo Bortolotto

O efeito das músicas na mente humana é incrível. Com elas é possível voltar no tempo ou planejar o futuro. Uma canção romântica aflora sentimentos, que alguns até interpretam como depressão, mas é saudade. Uma letra bonita te faz chorar ou sorrir. Às vezes, só a melodia mais lenta já serve para lágrimas escorrerem.

Também tem aqueles ritmos dançantes, que uma pessoa ouve e... sai dançando. Se sente com poderes a cada passo que dá, no compasso da música. Que beleza! E quem sabe “dar os passinhos” atrai olhares de apreciação. No caso do “rebolation” tem que saber rebolar. E muito.

Mas é do silêncio que vem minhas canções preferidas. Som que toca distante. Com melodia perfeita e sedutora me hipnotiza e não vejo as horas tentando decifrar suas notas. É o som que vem do céu. Da lua e do sol. Das nuvens e das estrelas. Do vento e da água. A harmonia emanada por estes instrumentos da natureza me conecta com o infinito. Com o indecifrável.

A sensação é boa e a conexão é intensa. Somente eu e o universo. Um escuro desconhecido enfeitado por estrelas e seus brilhos. Uma viagem sem sair do lugar. Apenas a impressão de estar flutuando no embalo da rotação da terra. Uma frequência que não consigo captar.

Como definir a sensação que a música e os sons provocam? Assistindo ao filme “Som do Coração”, uma frase foi disparada pelo “Mago”, personagem de Robin Willians, e chegou como resposta: “É um lembrete de Deus de que tem alguma coisa além de nós no universo. Ligação harmônica entre todos os seres vivos, em todo lugar, até na estrelas”.

terça-feira, 1 de junho de 2010

O vento, a sintonia, o descontrole

Uma pipa desgovernada no ar, apesar do vento calmo. A armação de varetas frágeis e papel seda estão sem controle. Fora do alcance das mãos. O pensamento tenta mudar sua direção, mas não tem sucesso, é em vão. Metros de altura separam a pipa e seu companheiro. Um barbante fino e quase no fim conecta os dois. O vento, a sintonia, o descontrole e alguns metros de barbante.

A pipa está cada vez mais longe, ganha o céu. Está livre e com vontade de voar. O barbante no fim. Será que nunca mais a pipa e seu companheiro estarão juntos? Quantos vôos alçados, quanta alegria, quantos sorrisos. O vento aliado de tantas outras situações aumenta sua força. Está impiedoso. A cordinha desliza entre os dedos. Uma conspiração!

Agonia! Em desespero um puxão no barbante pode ser a decisão errada. O papel pode rasgar, talvez, as varetas não resistam. Um suspiro. Um respiro profundo. A calma está mantida. Parece que o vento está mudando a direção e perdendo força. Um jogo de paciência, habilidade e precisão. Concentração e alguns centímetros de barbante são ganhos. Um início. Uma reaproximação.

Ninguém por perto percebe a aflição, o sofrimento que é a distância proposital, incerta e indesejada. E o pior, a proximidade escorrega pelas mãos sem controle. Parece fácil. Não é! O vento pode decidir se pipa e companheiro voltarão a estar juntos. Ventos fortes e fracos exigem controles diferentes. O segredo é saber manejar conforme os ares sopram. Mas se a pipa não quiser, deixe ela voar.