Já defendi teses contra o ciúme. Interpretei este sentimento da pior maneira possível, como um destruidor de casais e lares. Extirpei do peito quando percebi que começava a esquentar o sangue. A exclusão desta reação, aos poucos, tornou tudo mais calmo e tranquilo. No começo até que foi bom, mas depois, esta ausência foi ficando chata.
Ciúme é uma linha tênue entre o controle e o descontrole. É o efervescer do sangue, expelido em palavras nas relações de milhares de casais. É um alerta sem a iminência de perigo. É o sinal vermelho sem hora marcada para acender. Ciúme é a pura provocação, birra e discórdia, disfarçado. Afirma que trabalha em nome de paixão.
É o irmão chato, desconfiado e metido a protetor do coração. Acha que o mundo conspira contra ele. Faz alardes, gosta de chamar a atenção. Tanto que passou a ser desprezado. "Ah, deixa isso pra lá, é puro ciúme", dizem por aí. Mas não, o ciúme não pode ser deixado de lado. Ele é um amigo que levanta a poeira e precisa de conselhos.
Sentir ciúme é quebrar os pratos e se arrepender. É a certeza de que ninguém é dono de ninguém. Mas que existe alguém que vale a pena preservar. O controle deste sentimento está na maneira de interpretá-lo e como vamos deixá-lo sair do peito. E não adianta, só existe uma maneira de controlar os impulsos ciumentos: é na base do remédio. Somente doses exageradas de amor e suor podem acalmá-lo.
Então, deixe-se contaminar pelo ciúme, dê os conselhos certos a ele e vá se tratar com muito, mas muito amor, neste dia dos namorados e sempre!
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