sábado, 13 de setembro de 2008

A luta contra o relógio

Centenas de leitores entraram em contato durante esta semana. Foram e-mails(colunabbb@gmail.com), ligações, pessoas me parando na rua. Todos muito discretos. Não foi por menos. Afinal, colocava que no dia 7 de setembro o Brasil estaria completando 508 anos. Um absurdo. Na verdade, foram 186 de “independência ou morte”. Contudo, explico a falha com os sintomas da doença que atinge mais da metade da população mundial: a falta de tempo.

Esta indisposição exige muita disposição. É sinônimo de correria. Faz isso, aquilo, vai trabalhar, estudar, cuida das crianças, leva o cachorro para passear, em último caso você descansa. O acúmulo destas tarefas gera o estresse. Esgotamento físico, dores de cabeça, memória fraca, tiques nervosos, ansiedade, autoritarismo, podem fazer parte da rotina de quem vive correndo. Se estiver sentindo tudo isto, procure um médico urgente. Principalmente se tiver entre 35 e 45 anos.

Tem casais que passam o dia sem ver o(s) filho(s). Primeiro vem a exaustiva rotina de trabalho. Começa cedo, logo pela manhã. Quando voltam para casa, o filho está na escola. Quem sabe, de noite eles se encontram. Onde está a babá? Assim, as crianças começam a contrair os indícios da doença.

A busca pela sobrevivência, o corre-corre de todos os dias, fazem das 24 horinhas insuficientes. É necessário tirar momentos do sono, da boa alimentação, dos filhos, para investir no trabalho, no ganha pão. Este é o principal sintoma responsável pela epidemia da doença. Mas ela tem cura, está na conciliação. Dar a tudo e a todos seus merecidos segundos, minutos e horas, administrando melhor o seu tempo.

Bernardo B. Bortolotto - *Acadêmico de jornalismo

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Devido a venda de espaços, este texto não foi publicado na Gazeta Regional do dia 13 de setembro.

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