quinta-feira, 14 de outubro de 2010

10 pela coragem!!!


Por Luísa Schneiders
Quatro aspirantes a jornalistas. Um câmera experiente. Um projeto experimental para televisão a ser feito. Destino: Rota das Missões. Assim começou a nossa viagem. Pegamos a estrada na sexta-feira à tardinha. Nas mochilas, além do básico (roupas, produtos de higiene pessoal, equipamentos, etc...), também levamos adrenalina, expectativas, muitas ideias, planos e também incertezas.
Depois de cerca de três horas de viagem, chegamos ao nosso primeiro destino: Vitória das Missões. Após fazermos o reconhecimento do local, vencemos o cansaço e encaramos uma reunião de pauta, madrugada adentro. Tudo decidido, era hora de dormir para recarregar as energias.
Após poucas horas de sono, o despertador tocou, dando o sinal que tinha acabado a moleza, e que muito trabalho nos esperava. Carro novamente carregado, era hora de partir para Santo Ângelo, mais precisamente, para a Catedral Angelopolitana. Chegando lá, nos deparamos com a incontestável beleza da Igreja. Sua imponente arquitetura exterior contrastava com os pequenos e lindos detalhes internos, rendendo-nos belíssimas imagens. Foi nesta hora que surgiu o primeiro contratempo. Não tínhamos nenhuma fonte oficial para nos ceder uma entrevista, pois o padre tinha ido viajar, e não conseguimos fazer contato com o Bispo.
Mas, de repente, como que numa prece atendida, surgiu em nosso caminho um casal muito simpático. Vagner, jornalista e escritor e sua amiga. Eles estavam lá, pois participariam da Feira do Livro que estava acontecendo na cidade, e logo que ficaram sabendo do nosso projeto, nos apresentaram ao Secretário de Educação que, imediatamente, colocou-nos em contato com uma fonte que tinha muito a nos contar.
Raquel. Este é o nome da nossa fonte oficial. Uma mulher simples, simpática e muito disposta a nos ajudar. Formada em História, com Pós em Arqueologia, ela participou das escavações da antiga Catedral e em algumas horas em que passou conosco, deu-nos um banho de cultura e informação. Após finalizarmos essa etapa do trabalho, partimos rumo a São Miguel das Missões, deixando para trás, além de toda a beleza da Catedral de Santo Ângelo, pessoas generosas, que nos ajudaram e contribuíram para o nosso programa.


Depois de rodarmos mais uns 80 km, chegamos a São Miguel das Missões. A primeira parada na cidade foi no Wilson Park Hotel, que nos deu apoio logístico sábado e domingo. Lá, fomos recebidos pela Venívian, rapidamente, chamada por nós de “Vê”. Depois de conversarmos com ela, e conhecermos todas as instalações do Hotel, era hora de partir rumo ao Sítio Arqueológico São Miguel Arcanjo, mais conhecido como as Ruínas de São Miguel das Missões.
Chegando lá, restava-nos apenas uma hora para gravar, pois o Parque já iria fechar. Aproveitamos este momento para filmar o pôr do sol entre as Ruínas e tirar muitas, mas muitas fotos. Registros feitos, só restava esperar anoitecer para podermos conferir o Espetáculo Som e Luz, apresentado diariamente no Sítio Arqueológico. Quando a noite chegou, fomos surpreendidos pelo frio. O público chegava para assistir a apresentação carregando cobertores e mantas, e nós, não tivemos outra solução a não ser encarar o vento gelado na raça. Depois de gravarmos uma passagem e entrevistarmos algumas pessoas, voltamos ao hotel para encerrar o segundo dia de gravações. O cansaço já tomava conta, mas ainda tínhamos muito trabalho pela frente.
E como dizem, não há nada como uma noite de sono bem dormida para recarregar as energias. A manhã de domingo nos presenteou com um lindo céu azul. O tempo bom, que nos acompanhou desde sexta-feira, continuava do nosso lado. Depois do café da manhã, era hora de arrumar as malas, carregar o carro e fechar a conta do Hotel, pois era o nosso último dia de gravação e quando tudo estivesse pronto, voltaríamos direto para Santa Maria.
De volta às Ruínas de São Miguel, pegamos no batente, pois o tempo corria e ainda havia muita coisa a ser feita. Depois de gravarmos toda a manhã, demos uma pausa para o almoço. Encontramos um pequeno restaurante e quando entramos no estabelecimento, nos deparamos com o casal simpático que conhecemos em Santo Ângelo, Vagner e sua amiga. Sentamos próximos a eles e começamos a conversar. Vagner, um jornalista com uma bagagem incrível, apimentou nosso almoço com seus “causos”, histórias e opiniões.
Mesmo com a barriga cheia, não podíamos nos dar ao luxo de descansar. Voltamos ao Sítio Arqueológico na parte da tarde para finalizarmos as gravações. À medida que terminávamos de gravar os depoimentos e fazer os últimos takes, o cansaço que tomava conta de nós, foi dando espaço à sensação de dever cumprido, de objetivo alcançado.
O relógio marcava 5 horas da tarde quando encerramos as gravações. Agora era só carregar o carro com as malas e equipamentos para pegarmos a estrada de volta até a nossa cidade. Só que, na prática, não foi tão fácil assim. Onde guardar, em um carro lotado, tanto conhecimento, histórias, pessoas, imagens e a alegria de termos conseguido realizar o nosso projeto?
 Viajamos espremidos, trazendo conosco novas e empolgantes experiências, mas tendo a absoluta certeza de que crescemos como profissionais e, principalmente, como seres humanos. E, ao final dessa viagem, só temos que agradecer pelo desafio, pela oportunidade, pela ajuda, pela boa vontade, pelo profissionalismo e pela amizade, que foram componentes fundamentais para o sucesso da nossa empreitada.



2 comentários:

  1. Sem contar que mudamos a programação da rádio Novos Horizontes, à 1h da madrugada rsrs.. Reunião de pauta na madrugada é regada a criatividade, pizza, uísque e risos...

    Dez pela coragem e audácia!

    Beiijo

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  2. bah...tu fez a continuação do meu texto?! hehehe *a equipe novamente merece dez pela coragem ;)

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