Fotos: Bernardo Bortolotto
“Que lugar fantástico”, “é disso que estou precisando” e por aí vão os comentários das paisagens que fotografei há duas semanas. A pergunta mais freqüente é “que lugar é esse?”. A resposta é localidade de Sampaio, interior de São Pedro do Sul. Numa expedição para conhecer um antigo engenho de farinhas, desativado há décadas, encontramos um trecho do rio Toropi modificado pelo homem há cerca de 100 anos.
A primeira parada: o engenho desativado. Um tipo de casarão de quatro andares, com toda estrutura montada para receber a água e gerar energia para abastecer a produção local. No local, as paredes sobrevivem em pé, com fungos, insetos e mofos. Na parte de dentro, as máquinas, correias, moinhos, ferramentas e peças resistem às intempéries do tempo. Um acervo histórico no meio do mato e abandonado.
Pude estar nos quatro andares e conhecer como funcionava o velho engenho tocado pela correnteza da água. Aliás, o rio teve o curso alterado para chegar ao lugar e gerar energia. Essa alteração criou uma paisagem cinematográfica. Na época, os moradores abriram poços para a criação de peixes e manter a demanda do ano. Durante a visita, um destes poços virou uma piscina natural.
Devido a imperfeição do solo, a água desenha cascatas. A natureza, seguindo seu trajeto, planta o verde em torno do caminho de pedras e águas rasas. Qualquer pessoa se sentiria abençoada em estar lá. Um lugar para conhecer num final de semana, num sábado de sol.
São imagens de um ambiente como este que atraem o homem, cada vez mais distante da natureza e sua simplicidade. Na localidade de Sampaio tive a oportunidade de ver parte da história de São Pedro do Sul antes de ser consumida do mapa. Um velho engenho e um vale foram construídos pelo homem. Um local esquecido, desconhecido que caberia muito bem em uma rota turística.
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