Antigamente, as revoltas em países dominados por ditadores, um fuzil, uma metralhadora e bombas caseiras eram as principais armas contra os regimes autoritários. O ritmo de combate, de pessoas lutando pela liberdade, permanece. É o que se pode ver nos países do Oriente Médio. Opa, aqui tem uma novidade, nós podemos assistir aos conflitos.
Gerações passadas puderam sentir na pele a imposição de uma ditadura. Milhares de pessoas gritaram por liberdade. Pediram socorro. Poucos escutaram. O som dos berros não ultrapassava as fronteiras de um país. A luta devia ser armada e ninguém podia ser pego. A única certeza de ser capturado por um ditador era a do castigo, que podia custar a vida.
A luta, pela liberdade de expressão e por direitos iguais a todos, ganhou um reforço. E quem diria: são os aparelhos celulares, as câmeras fotográficas digitais e a internet. Não importa a marca, não importa a potência. A arma mais letal contra um ditador: a divulgação de seus atos para um mundo evoluído.
Contra seu povo, dentro da Líbia, Muamar Kadafi é impiedoso, destemido e feroz. Mas fora de seu território, não passa de um criminoso covarde. É da resposta externa que o povo em guerra tira força para seguir a batalha contra o ditador. Cada vez mais isolado, perdendo aliados, inclusive de seu próprio governo, Kadafi insiste em lutar para sair de cena sem renunciar.
E, diante da tecnologia, pode ter certeza que a cena final deste episódio será gravada. Serão postados vídeos e fotografias em redes sociais em comemoração à queda do ditador e, em honra, aos que morreram lutando. E, do outro lado da tela do computador ou da televisão, haverá milhares de seres humanos aplaudindo junto.
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