Colando cartazes em postes. Assim, aos 18 anos, Victor Doeler iniciou sua carreira política. Convidado pelo tio Werner Doeler, Victor ingressou no Movimento Democrático Brasileiro, hoje o PMDB. Em 1974 não era simplesmente colar cartazes. Com a ditadura em alta, tinha que sair a noite e de olhos bem abertos.
Passado os anos de chumbo, em 1988, Victor venceu sua primeira eleição. Entrou como vice-prefeito de Walmyr Dressler. Quatro anos mais tarde, aos 36 anos, foi eleito, pela primeira vez, prefeito da cidade. “Eu era muito imaturo. Queria as coisas muito rápido”, lembra. Mas o tempo se encarregou do amadurecimento e da experiência do então prefeito.
Em 2005, Doeler conta que recebeu duas chaves. Uma delas era do prédio da prefeitura. A outra, do único carro da administração, que estava com os pneus murchos. Dentro do seu gabinete encontrou alguns documentos em cima da mesa. “Quando cheguei(na prefeitura) tive que ir juntando os documentos. Não tinha nada! Não tinham arquivos”, esclarece o prefeito.
De bermuda, chinelos e uma camisa, Victor se revela tranqüilo. Está seguro de ter cumprido seu papel em São Pedro. “Estar aqui é a possibilidade de fazer algo. É gratificante quando vemos as coisas prontas”. Em quatro anos de governo, o prefeito está satisfeito por recuperar o maquinário municipal, além de transformar a cidade em um pólo de saúde na região. “As cidades vizinhas, como Mata, Toropi, Dilermando e até Santa Maria, estão buscando tratamento aqui”, destaca.
Quando vai me servir um copo de água, Victor abre o freezer e mostra os presentes que entregaram em seu gabinete. “Estas aqui ganhei de um pessoal de Guassupi(mostrando duas garrafas de cachaça, produzidas aqui na cidade)”, apontando com a satisfação e o sentimento do trabalho reconhecido pelos moradores.
“Temos que dar lugar para os mais jovens”, explica depois de anunciar que vai deixar a vida política. Sua família não gostou quando ele entrou para este meio e agora “chegou a hora de sair”. Victor é casado com Deisy. O casal tem dois filhos, Frederico e Patrícia. O neto, Arthur Doeler Bayer, de 8 anos, é o xodó do casal.
Depois de quase uma hora de conversa, Victor exibe fotos de seu lugar preferido. Onde mais gosta de estar. Tem suas plantações e criação de cavalos crioulos. É uma fazenda no município de Cacequi. “Só de estar lá, já estou em férias”.
Victor Doeler deixa seu mandato com saldos positivos. Pergunto se ficaram mágoas por ter perdido a eleição e a resposta é imediata: “quem recebe 5.284 votos, não pode ficar triste”.
Depois das dificuldades enfrentadas quando assumiu o executivo em 2005, ele instalou um programa de computador, onde o prefeito eleito tem acesso a tudo, até mesmo de sua própria casa. As contas do município, todas elas, apresentam superávit. E a garagem da prefeitura, hoje conta com quase dez carros e Victor garante, “todos eles com os pneus cheios”.
Passado os anos de chumbo, em 1988, Victor venceu sua primeira eleição. Entrou como vice-prefeito de Walmyr Dressler. Quatro anos mais tarde, aos 36 anos, foi eleito, pela primeira vez, prefeito da cidade. “Eu era muito imaturo. Queria as coisas muito rápido”, lembra. Mas o tempo se encarregou do amadurecimento e da experiência do então prefeito.
Em 2005, Doeler conta que recebeu duas chaves. Uma delas era do prédio da prefeitura. A outra, do único carro da administração, que estava com os pneus murchos. Dentro do seu gabinete encontrou alguns documentos em cima da mesa. “Quando cheguei(na prefeitura) tive que ir juntando os documentos. Não tinha nada! Não tinham arquivos”, esclarece o prefeito.
De bermuda, chinelos e uma camisa, Victor se revela tranqüilo. Está seguro de ter cumprido seu papel em São Pedro. “Estar aqui é a possibilidade de fazer algo. É gratificante quando vemos as coisas prontas”. Em quatro anos de governo, o prefeito está satisfeito por recuperar o maquinário municipal, além de transformar a cidade em um pólo de saúde na região. “As cidades vizinhas, como Mata, Toropi, Dilermando e até Santa Maria, estão buscando tratamento aqui”, destaca.
Quando vai me servir um copo de água, Victor abre o freezer e mostra os presentes que entregaram em seu gabinete. “Estas aqui ganhei de um pessoal de Guassupi(mostrando duas garrafas de cachaça, produzidas aqui na cidade)”, apontando com a satisfação e o sentimento do trabalho reconhecido pelos moradores.
“Temos que dar lugar para os mais jovens”, explica depois de anunciar que vai deixar a vida política. Sua família não gostou quando ele entrou para este meio e agora “chegou a hora de sair”. Victor é casado com Deisy. O casal tem dois filhos, Frederico e Patrícia. O neto, Arthur Doeler Bayer, de 8 anos, é o xodó do casal.
Depois de quase uma hora de conversa, Victor exibe fotos de seu lugar preferido. Onde mais gosta de estar. Tem suas plantações e criação de cavalos crioulos. É uma fazenda no município de Cacequi. “Só de estar lá, já estou em férias”.
Victor Doeler deixa seu mandato com saldos positivos. Pergunto se ficaram mágoas por ter perdido a eleição e a resposta é imediata: “quem recebe 5.284 votos, não pode ficar triste”.
Depois das dificuldades enfrentadas quando assumiu o executivo em 2005, ele instalou um programa de computador, onde o prefeito eleito tem acesso a tudo, até mesmo de sua própria casa. As contas do município, todas elas, apresentam superávit. E a garagem da prefeitura, hoje conta com quase dez carros e Victor garante, “todos eles com os pneus cheios”.
Victor Doeler concorreu 6 vezes em São Pedro do Sul. Perdeu 3 e venceu 3.
* Foi derrotado em 1982 na disputa para vereança. Em 1996 e 2000 perdeu para prefeito.
* Venceu em 1988 como vice-prefeito. Em 1992 e 2004 elegeu-se prefeito.
Bernardo B. Bortolotto - *Acadêmico de jornalismo
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