Foto: Bernardo Bortolotto |
“Tu nasceu no ano errado”, muito já ouvi essa frase. Concordo, também acho que poderia ter nascido nos anos 60 ou 70. Mesmo chegado ao mundo em 87, sou um amante das músicas das décadas anteriores. Gosto do ritmo dos instrumentos, da inteligência das letras e da identificação social.
Na metade do mês passado, estava comemorando o aniversário de um amigo ao som dos clássicos do rock anos 60, 70 e 80. Outro aspecto tornou o clima ainda mais característico. Ouvíamos as músicas em toca disco. Antes de começar a canção, ouvia-se o estouro da agulha ao tocar o vinil. Todos da mesma faixa etária, nem eram nascidos em 60 e 70, mas lembramos das atitudes das épocas e da sociedade embalada por gêneros musicais.
Nesses primeiros dez anos do século 21 a música sofreu impacto profundo. A internet ajudou a difundir novas bandas, músicas e tribos. A liberdade de expressão artística aumentou a produção na web. Inclusive, a venda de CD’s caiu no mundo inteiro. Qualquer música está ao alcance de um clique.
Talvez, seja por isso que não cultuamos mais uma banda como antigamente. Quem sabe, também seja por isso, que as músicas das décadas passadas ainda estejam presentes. Hoje nós temos bons músicos, boas bandas, ótimos trabalhos, mas não fenômenos como Beatles e Cazuza, para citar dois.
Os embalos dos anos 60, 70 e 80 são muito mais que os sons de baterias, guitarras, contrabaixos e violão. As canções são a superfície de um contexto histórico. A música foi fundamental para conquistar a liberdade de expressão, à luta contra a ditadura. Foi responsável pelas mudanças sociais, pela construção do futuro. É o presente da criação livre, independente e abundante.
Canções que jamais serão esquecidas. O difícil primeiro beijo, os namorados que prometiam casar e a roda de amigos de todos os dias tem suas trilhas. Recordações que serão revividas e recontadas num “embalo de sábado à noite”, no Clube do Comércio.
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