Pode ser um hábito considerado ruim, mas não sei viver sem roer as unhas. É como uma terapia. É quando situações tensas tomam conta que elas me salvam. Já levei tapa nas mãos, tentei parar. Me esforcei! Não consegui. Quando percebia já estava no segundo dedo.
O costume de roer unhas inicia a partir dos três anos de idade. Toda vez que a criança se depara com algo novo leva a mão à boca. A turbulência na fase dos adolescentes aumenta a vontade de roer, graças ao nervosismo e a ansiedade. Parece uma tradição do organismo.
As unhas compridas e pintadas de uma mulher me chamam a atenção pelo capricho. Dependendo a circunstância, elas são armas do desejo e do carinho. Parei para pensar como seria se tivesse que deixar as minhas unhas crescerem a tal ponto. Um desastre! Vejo homens pintando as unhas com base (esmalte transparente com brilho leve. É isso mesmo?). São parelhas, parecem desenhadas na ponta dos dedos, a união perfeita de unha e carne.
As minhas não são assim. São ruídas e curtíssimas. Não tenho paciência para cortar (e nem coordenação na mão esquerda para segurar o cortador). Já fui incentivado a parar e alguém me disse para tirar as cutículas também. O que é isso? Na era da estética corporal eu sou um homem das cavernas.
Nesse mundo, as fêmeas sempre foram mais caprichosas e delicadas, principalmente com as mãos. As unhas ajudam na caça ao macho. É lindo, admirável, esplendoroso! Já os machos são desleixados. Faz pouco que esta cultura está mudando. Elas são responsáveis por revirar a cabeça do homem. Elas querem ser retribuídas em toda sua meticulosa organização corporal. Concordo com as mulheres! Precisamos dar atenção às suas belezas e retornar com mais capricho. Só não me peça que pare de roer as unhas.
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