quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Bom alimento

Imagem: http://ojornaldacidadania.blogspot.com
Você se alimenta bem? No mundo muitas pessoas morrem de fome. Porém, não é só a falta de comida que afeta a saúde humana. O mal hábito alimentar é responsável por doenças articulares, cardiovasculares e respiratórias, hemorróidas, varizes, obesidade, diarréia, cálculo de vesícula e cárie dental. Além de resfriado, gripe e infecções. Este é o resultado do consumo excessivo de produtos industrializados adulterados na composição, no qual, faltam nutrientes e vitaminas. Contudo, uma receita simples e natural pode prevenir e até curar estes males. É a multimistura.

A multimistura é uma sinergia que pode incluir nutrientes do farelo de arroz, farelo de trigo, germe de trigo, sementes de abóbora, melão, melancia, girassol, linhaça, pó de casca de ovo, amendoim, pó de folhas de mandioca, abóbora, chuchu e outras. Dependendo dos alimentos utilizados na composição da mistura, os nutrientes fornecidos são cálcio, calorias, cobre, ferro, fibras, fósforo, iodo, lítio, magnésio, manganês, zinco proteínas e vitaminas A, B, C, D, K e outras.


De acordo com o consultor em alimentação alternativa pelo SEBRAE-DF, pesquisador de terapias complementares e autor do livro Alimentação para a vida, Alexandre Pimentel, a multimistura previne ou cura um grande número de doenças sociais e tem um baixíssimo custo associado aos imensos resultados individuais. “A multimistura ajudou na recuperação de milhões de crianças desnutridas brasileiras”, afirma Pimentel.


A multimistura acompanha as refeições em forma de farofa ou pode ser consumida separada dos outros alimentos. Pimentel alerta que, os ingredientes são altamente atrativos para micróbios, insetos e pequenos animais, por isso, o processo de preparo da multimistura deve ser muito cuidadoso. “Todos os ingredientes devem ter origens higiênicas e confiáveis. Os farelos necessitam ser peneirados e torrados, as folhas lavadas com solução de vinagre ou água sanitária e secas à sombra, as sementes precisam ser tostadas e moídas, a casca do ovo bem lavada, torrada e transformada em talco”, explica o consultor. O produto final pode ser estocado por até três meses.


Com esta receita muitas pessoas podem evitar ou curar complicações e doenças causadas pela alimentação desregrada. Abaixo segue a manipulação da multimistura, conforme Alexandre Pimentel:


Ingredientes: 70% de farelos(arroz, trigo, fubá); 10% de pó de folha de mandioca, abóbora e chuchu; 10% de casca de ovo; 10% de gergelim, linhaça, girassol, sementes(abóbora, melão, melancia).


Modo de preparo: primeiro torre separadamente entre 20 e 30 minutos os farelos, o fubá, a linhaça a casca de ovo e os pós de sementes. Depois de esfriar, misture todos, acrescentando os pós de folhas. Em seguida guarde em recipiente bem tampado esterilizado e seco.


Bernardo B. Bortolotto


E-mail: colunabbb@gmail.com

Texto publicado no jornal Gazeta Regional do dia 21 de fevereiro de 2009

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

A hora

Imagem: http://www.novaera-alvorecer.net/luz2.JPGDeitado sobre a cama de um hospital, aos 82 anos, o esgotado homem agonizava. Descobriu há cinco anos, ao sentir dores no corpo, que estava com uma doença terminal. Mal pôde desfrutar da tão esperada aposentadoria. O seu dinheiro foi, praticamente, destinado aos laboratórios médicos e centros cirúrgicos nestes anos. Chegou o momento. Sabia que não podia mais fugir. A morte não lhe assustava mais que, enfrentar a própria consciência antes de partir.

Pensou em sua trajetória no mundo terreno. Lembrou pouco de quando era criança. Recordou alguns brinquedos que ganhou e exibiu para os amiguinhos. Sorriu ao lembrar-se das farras quando jovem. Quantas aventuras, mulheres! Ganhou seu primeiro carro assim que completou 18 anos. Por sorte ou influência da tradicional família, não foi preso ao dirigir embriagado e arriscar manobras em público.

Os pais davam o melhor para ele. Afinal, em sua casa sobrava dinheiro. Mesmo assim, pouco se lembrou dos pais. Refletiu sobre as brigas constantes dentro de casa. Não esqueceu o quanto sua mãe chorou ao ver drogas no bolso de sua jaqueta. Nada que uma boa mentira não amenizasse a situação. Uma lágrima percorreu as rugas sobre o seu rosto. Marcas de uma vida de trabalho duro.

Muito ambicioso, tornou-se um negociante aos 30. Com o dinheiro da farta herança da família, fundou uma empresa. Ótimo administrador conquistou bens. Imóveis em praias, o carro importado do ano, móveis caríssimos e a maior casa de sua cidade. Fez um salão especial para as freqüentes festas dos finais de semana. Aliás, conseguia uma noite de lazer somente no sábado. Trabalhava 20 horas por dia.

Os últimos 40 anos passaram rápido demais, escorregaram das mãos como areia escapa pelo meio dos dedos. “O que eu fiz?”, perguntava-se. Lembrou-se da conta forrada no banco. Nem mesmo a soma mundial o tiraria daquela situação. Não tinha fé. Nem era religioso. Ouvia falar em deus, mas evitava esse tipo de conversa.

O médico não havia dito nada, mas sabia que, estaria morto em algumas horas. Pânico! Suor! Culpou os lanches rápidos que fazia no horário de almoço. Os empregados que não eram competentes o suficiente. Culpou a Microsoft por ter feito dele um escravo do computador. A medicina que não era “tão” avançada, incapaz de curá-lo. O peito queimava de raiva, desespero e dor.

O coração do velho homem não suportava mais aquilo tudo. Mal podia conter as lágrimas. Algo estava acontecendo. A tensão começava a passar. “Chegou a hora?”. Sua memória lembrava algo que não tinha vivido. Surgiam imagens de campos, de bosques coloridos pelas flores e borboletas. Havia árvores enormes, abençoando a todos com suas sombras e frescor. Pôde sentir a água gelada que caía da cachoeira visualizada pela sua mente. Sensação jamais vivida.

Recordou de uma frase que ouvira. Não lembrava quem havia dito, nem quando. “Os filhos e os inimigos de Deus, cometem o mesmo erro. Eles subestimam o poder da oração”. Em fração de segundos sentiu alegria nas coisas simples da vida. Não sabia de onde vinha tanta esperança e energia. Minutos antes de morrer teve certeza que receberá outra chance de encontrar a fé, a paz e a felicidade. Em uma próxima vida.

Bernardo B. Bortolotto – Acadêmico de jornalismo

Texto publicado no jornal Gazeta Regional do dia 14 de fevereiro de 2009

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Nos últimos raios de sol

Foto: Bernardo B. BortolottoEra fim de tarde de um domingo. Eu estava na beira de um lago, sentado sobre a grama e escorado no tronco de um eucalipto. Eu não estava sozinho. Comigo havia uma linda mulher. Juntos, ali viveríamos momentos incríveis de amor. Faltavam alguns minutos para o sol se pôr atrás das árvores do outro lado do lago. O reflexo do astro maior na água deixava a paisagem ainda mais bela. O verde vivo da grama contrastava com o marrom opaco dos espessos caules das árvores ao nosso redor.

O cenário pedia um romance. E confesso: era tudo o que eu queria. Então, deitei minha cabeça sobre as pernas dela e logo senti suas mãos. O movimento leve de seus dedos em meus cabelos me deixou relaxado. Estava cada vez mais certo do que o sol presenciaria nos seus últimos instantes do dia.

Senti uma leve brisa sobre o rosto. O vento trouxe o cheiro dos eucaliptos. Estávamos, eu e ela, gozando de tudo que a natureza tinha para nos oferecer. Sozinhos, podíamos ouvir os pássaros cantando de longe. Somente a metade do sol ainda nos iluminava. De joelhos na frente dela, percebi que, uma das alças de sua blusa estava caída sobre o ombro direito. Como se pedisse para sair de seu corpo. Olhei em seus olhos. Percebi seus cabelos compridos e lisos balançarem com o vento. Não resisti.

Levei meu rosto para perto de seu ombro e por alguns segundos, que para mim foram uma eternidade, senti o cheiro dela. Desci meu rosto sobre seu braço. Me senti em um lugar distante. Flutuando. Sua pele macia, bem tratada, parecia seda. Era refrescante. Então, eu a deitei na grama.

Os raios do sol, agora escondido atrás das árvores, ainda encontravam pequenos espaços entre galhos e folhas. Parte do céu estava alaranjado. Abraçado nela e deitado apenas com meu peito sobre seu corpo, senti que sua perna acariciava a minha. Um movimento sutil. Carinhoso. Olhei para seu rosto. Ela sorria. Olhei mais um pouco e vi que, desta vez, as duas alças da blusa estavam caídas, porém, desceram até a altura dos cotovelos.

Passei a mão em seus braços. A agarrei firme e com minha boca cheguei próximo da sua orelha esquerda. Iria lhe dizer palavras românticas, afinal, o sol pouco nos observava e os pássaros já se recolhiam para seus ninhos. Neste momento ela contraiu o rosto. Dei por conta que minha barba raspara em seu pescoço. Vi que ela estava arrepiada. Então perguntei se arrepiar lhe fazia bem. Ela respondeu com um sussurro, lentamente: “adoro”.

Esqueci tudo o que iria dizer. Passei a beijar o seu pescoço. Com as pernas, ela puxava meu corpo contra o dela. Minhas mãos deslizavam pelas suas costas e cabelos. Ela atirou a cabeça para trás. Com meus beijos comecei a percorrer o seu pescoço. Não só as suas pernas, mas também seus braços me entrelaçaram e pressionavam sobre seu corpo. Já estava com minha mão esquerda acariciando sua barriga, enquanto a direita segurava sua nuca. Com meus lábios fazia o caminho do peito. De repente: bip, bip. Ah, o despertador!! Queria tanto continuar dormindo esta manhã...

Bernardo B. Bortolotto - *Acadêmico de Jornalismo

E-mail: colunabbb@gmail.com
Texto publicado no jornal Gazeta Regional do dia 07 de fevereiro de 2009

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Reconhecidas as vítimas de acidente, na BR 287

Foram reconhecidos os tripulantes da Parati, envolvidos no acidente, ontem à noite, na BR 287, em São Pedro. Estava o capataz, Luis Gonzaga da Silva Machado, 73 anos, morador da localidade de São Lucas e o seu filho José Luis Gomes Machado, 42, morador de São Pedro do Sul.
O jornal Gazeta Regional apurou que, foram removidas as arcadas dentárias das vítimas para confirmar os nomes. A família reconheceu a Parati e informou a Polícia Civil de São Pedro do Sul do desaparecimento dos dois desde ontem. Nesta tarde de sexta-feira(6), os familiares estão no Instituto Médico Legal(IML), de Santa Maria, onde fazem o reconhecimento junto aos médicos.

As causas do acidente ainda serão apuradas pela Polícia Rodoviária Federal(PRF), de Santa Maria. De acordo com a PRF, oito pessoas estavam envolvidas no acidente. Seis tripulavam a carreta-baú da empresa de sonorizações e duas estavam na Parati. Três pessoas morreram carbonizadas no local. Outras cinco escaparam ilesas.

Vítimas fatais:
- Hérton Sérgio Gutheil, 58 anos;
- Luis Gonzaga da Silva Machado, 73 anos;
- José Luis Gomes Machado, 42 anos;

Vítimas ainda não foram identificadas

Foto: Jefferson Lenz/Gazeta Regional
Duas vítimas que estavam dentro de um automóvel e morreram carbonizadas, ao bater em uma carreta, na quinta-feira à noite, na BR 287, a cinco quilômetros de São Pedro do Sul, no Passo da Cruz, ainda não foram identificadas.

A Polícia Rodoviária Federal(PRF), de Santa Maria, também não conseguiu identificar o carro envolvido no acidente. A única pista que a polícia tem, é o pedaço de uma placa, salvos os seguintes caracteres: “S – 5811”. A suspeita é que o veículo seja uma Parati de Santa Maria.

A BR 287 já está liberada. O trânsito ficou bloqueado nesta manhã até a remoção da carreta. O veículo menor foi removido às 8 horas.

Conforme a PRF, o acidente envolvendo uma carreta-baú e um automóvel, matou três pessoas. Entre elas, o motorista do caminhão, Hérton Sérgio Gutheil, 58 anos. A equipe da Sak’s Sonorizações dirigia-se para a praia de Imbé, onde prestariam serviços à dupla Claus e Vanessa.

Acidente mata três na BR 287, em São Pedro do Sul

Foto: Jefferson Lenz/Gazeta Regional
TRAGÉDIA

Três pessoas morreram na noite de quinta-feira, 6, em acidente na BR 287, a cinco quilômetros do trevo de acesso a São Pedro do Sul.

Cerca de 20h e 30min, a carreta baú da empresa SAK’S Sonorizações seguia no sentido São Pedro do Sul – Santa Maria, quando em frente à localidade de Passo da Cruz, o motorista do caminhão, Hérton Sérgio Gutheil perdeu o controle do veículo e invadiu a pista contrária, atingindo um automóvel, que trafegava no sentido oposto.

Com o impacto, os veículos incendiaram. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal(PRF) de Santa Maria, os dois tripulantes do carro, ainda não identificados, morreram na hora carbonizados. O condutor da carreta, Hérton Gutheil ficou preso nas ferragens da cabine e não resistiu aos ferimentos.

A PRF acredita que, pelas características, o veículo preso embaixo do caminhão seja uma Parati. O policial Colovini afirma que somente será possível conhecer as duas vítimas com exame de DNA ou depois do veículo ser identificado. A perícia vai até o local do acidente ainda pela manhã.

Além da vítima fatal da carreta, havia mais cinco pessoas, que escaparam com ferimentos leves antes do incêndio começar. O Policial Rodoviário, Mônego, foi até o local e diz que quatro sobreviventes estavam dentro do compartimento de cargas, o que segundo a PRF, é ilegal.

A CAUSA
A PRF trabalha com hipóteses. O motivo ainda não foi apurado. Foi descartada a chance de o motorista ter sofrido um mal súbito. De acordo com testemunhas, o acidente ocorreu depois de um pneu estourar.

O INCÊNDIO
As chamas, que consumiram os veículos, só foram controladas por volta das 3 horas da madrugada. Alguns minutos antes de sair de São Pedro do Sul, o caminhão da empresa de sonorizações, teve o tanque enchido de combustível. Estima-se em 150 litros de diesel.
Hoje pela manhã ainda havia fumaça. Os bombeiros da cidade estavam no local.

TRÂNSITO E PERÍCIA
De acordo com a PRF, a perícia vai investigar as causas do acidente e tentar identificar as vítimas e o veículo ainda nesta manhã.
O trânsito está livre no local. As carcaças dos veículos foram afastadas às margens da BR 287. A PRF espera que até o final da manhã as sucatas sejam removidas.

VEÍCULO AINDA NÃO IDENTIFICADO
A PRF acredita que o carro carbonizado no acidente seja de Santa Maria. Um pedaço de placa foi encontrado. Onde aparece a última letra: “S” e os números “5811” (S – 5811).
Conforme o policial Colovini, neste período de férias é comum as pessoas viajarem e, por isto, familiares podem não dar falta. “É importante que nestes casos, se os familiares suspeitem de algo, liguem para a polícia”, pede Colovini.

Se você tem informações entre em contato com a Polícia Rodoviária Federal.
O telefone da PRF é 191
Em Santa Maria: 3221.8277


DURANTE ESTA MANHÃ ESTAREI TRAZENDO MAIS INFORMAÇÕES.

Qualquer informação, por favor entre em contato: colunabbb@gmail.com