sábado, 18 de junho de 2011

Não é para todas que fica bem


A minissaia foi a revolução feminina. As pernas e coxas antes escondidas passaram a desfilar pelas ruas do mundo. Embora ela exista desde o final de Primeira Guerra Mundial, foi na década de 60 que foi popularizada no mundo, graças à estilista Mary Quant. E que sucesso. Aprovada pelas mulheres e ovacionada pelos homens, a minissaia virou a rainha das vestes. 

No começo a minissaia sofreu certa resistência. Aqueles preconceitos todos, machismos e feminismos que permeavam as sociedades do século passado. Este pedaço de pano veio mesmo foi para provar que a mulher podia ser independente e ter personalidade. Elas, aos poucos, foram experimentando o sabor da apreciação e desejo masculinos. 

Não há dúvidas que os homens da época babavam e até caíam diante de um belo par de coxas. Afinal de contas, não era todo dia que uma joia vestia um pequeno pedaço de pano na cintura, pouco acima do joelho. A partir daí, aprovada com unanimidade, a minissaia ganhou outras formas. 

O mercado masculino, principal adepto da ideia, começou a fazer exigências, a selecionar as saias mais curtas e que vestissem os melhores pares de pernas. Hoje ela evoluiu e encurtou para microssaia. Essa mesma que há algum tempo era usada por cima de um macacão. Virou peça de luxo, aquela usada em ocasiões especiais e festas do fim de semana. 

A microssaia é, quando muito, vestida com uma meia-calça por de baixo. E ela é tão justa no corpo que desenha o pouco que esconde. Provoca ainda mais que a antecessora e mascara as imperfeições, proibidas neste mercado da beleza. E aí, entra a concorrência feminina. A disputa entre elas procura mostrar as coxas mais belas. Os homens agradecem. 

A minissaia revolucionou o mundo. Tornou-se objeto de desejo de homens e mulheres, impulsionando as exigências e tendências mundial. É hoje, banalizada em microssaias que mal cobre a virilha. É um pedacinho de pano, que cai muito bem nas cinturas deste planeta, a desfilar pelas passarelas urbanas. Belas microssaias, mas que à própria mulher do camarada não combina.

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