sábado, 25 de julho de 2009

O vírus da desinformação é aliado ao da nova gripe

Além de combater e prevenir à gripe comum, os antibióticos, as vacinas e alguns remédios também geraram efeito de relaxamento nas pessoas. Os hábitos de lavar as mãos com frequência, de proteger a boca com lenço ou papel ao tossir ou espirrar, evitar aglomerações em locais fechados, ingerir vitaminas, entre tantos outros, foram, praticamente extintos. E, como o ser humano é resistente à troca de costume, ficou muito mais fácil vestir uma máscara, que não evita nada (só a saliva fica presa ao espirrar e tossir), do que buscar a informação correta para evitar o contágio da gripe A.

A nova gripe ainda não possui cura e nem vacina para prevenção. Não é motivo para pânico. Vítimas fatais da doença, a maioria, já tinham alguma complicação, como bronquite, asma, obesidade mórbida, baixa imunidade. Como o organismo humano ainda não tem resistência à influenza A (H1N1), os sintomas evoluem muito rápido. Principalmente para quem tem algum destes problemas citados.

Mas, tem também o vírus da desinformação desinformando muita gente. Tem restaurante aqui na cidade vaporizando bálsamo alemão para impedir que o vírus da gripe A se espalhe pelo ar. As máscaras cirúrgicas simples que as pessoas estão procurando e usando não são 100% eficazes. A proteção devidamente apropriada é a máscara com certificação N95 ou PFF2, também chamadas de "bico de pato", por seu formato. Elas possuem um filtro especial que impede a passagem de micro-organismos tão pequenos quanto os vírus. E mesmo assim, não se faz necessário o uso à população.

O Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, em entrevista à rádio Gaúcha, na manhã da última quarta-feira, revelou que no mesmo período do ano passado a gripe comum matou 4.500 pessoas. Até agora, (quarta, 22 de julho), foram 23 mortes causadas pela influenza A (H1N1).

Ninguém deve se despreocupar com a nova gripe e nem com a comum. O que não pode haver são pânico e desinformação. Saiba a diferença entre os sintomas das duas doenças e procure o médico se realmente for necessário, porque aí está outro problema. Com o desconforto causado pela enxurrada de notícias (sensacionalistas) a busca por atendimento nos órgãos municipais de saúde aumentou em todas as cidades. Caso você não esteja com a doença, pode contraí-la na sala de espera pela consulta.

Os cuidados para evitar as duas gripes são os mesmos. Procure saber corretamente tudo sobre as influenzas para evitar a propagação dos vírus, sejam das doenças ou da má informação.

E-mail: colunabbb@gmail.com
Texto publicado no jornal Gazeta Regional do dia 25 de julho de 2009

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