sábado, 18 de abril de 2009

A bagunça do trânsito

Aproveitei a folga de Páscoa para andar por algumas ruas da cidade. Notei as más condições de tráfego em algumas. Em quase todas por onde passei. De umas até poderei citar o nome, outras, não tenho ideia. Até procurei nas placas, mas elas não estavam lá. São buracos, irregularidades, desníveis e falta de sinalização.
Quem entra no município pela Avenida Walter Jobim percebe a buraqueira do asfalto. Nas duas pistas da avenida também falta sinalização nos quebra-molas. Somente dois estão pintados. Em frente do colégio Hilda Koetz. A pintura destes já está gasta e merecem reparos.
Descendo a “ponte seca”, a irregularidade dos paralelepípedos exige uma redução de marcha. A velocidade máxima permitida é de 40 quilômetros por hora. Neste trecho da XV de Novembro, até Os Correios, os amortecedores passam por um bom teste de resistência. Na Rua Fernando Ferrari, sequência da XV de Novembro, passando a sinaleira, o condutor vai encontrar desníveis. Já andou de barco em alto mar? Eu não, mas penso que a sensação é parecida.
Já presenciei, três vezes, carretas subindo na contramão em frente à Casa de Cultura, seguindo em direção ao trevo. Será que os motoristas não enxergam a placa de sinalização junto da sinaleira? Depois que vi uma carreta fazer o retorno em uma esquina, isso mesmo, interrompeu toda a largura da rua com a caçamba, não me surpreende outras atitudes. Ah! Também vi uma subindo a Rua do Largo Ivo Cordoni acima dos 20 quilômetros por hora permitidos.
Se os motoristas se permitem a isto, é porque não há controle. Falta manutenção das vias, fiscalização no trânsito, placas de sinalização de ruas, pinturas de faixas de segurança e de quebra-molas. O fluxo de veículos pesados deve ser desviado do centro. O tempo das carroças já passou. São Pedro carece urgentemente de um controle do trânsito.
Se você sabe de ruas em más condições, onde ocorrem abusos de condutores envie um e-mail para colunabbb@gmail.com. Aproveite o seu espaço! Vamos colaborar com as autoridades e comunidade.

Bernardo Bortolotto

domingo, 5 de abril de 2009

O interior grita socorro

Imagem: http://srv3.v-expressa.com.br/
Em duas semanas, duas notícias vieram do interior, na localidade de Perau e de Cerro Claro. Na passada um criador de gado teve um susto ao ver seis cabeças de bois atiradas ao chão, em Perau. Os animais estavam vendidos. Antes de o comprador chegar, ladrões carnearam e furtaram a carne. Nesta última, um agricultor, de Cerro Claro, foi roubado e agredido em sua casa. A vítima teve de ser levada ao Hospital de Caridade.


Dois fatos chocantes. São provas da violência que o interior está sofrendo. Parece não existir mais o sossego. As pessoas viverão, seja área urbana ou rural, com medo e submissas às ações da bandidagem. No primeiro caso, relatado pelo jornal Gazeta Regional, edição do dia 21, covardemente os ladrões carnearam animais que já estavam separados, presos em mangueiras e vendidos. Um deboche!


Quem roubou estes animais? Quem espancou o homem em Cerro Claro? Como a polícia chegará até estes indivíduos se não há condições de tomar conta, sequer, da área urbana? Existe a possibilidade de os bandidos serem pegos se por acaso eles residirem na região.


Mas, e os animais? A carne? O dinheiro da venda cancelada? E o pobre homem que está no hospital? Entregou tudo que tinha e ainda apanhou. E o trauma dos familiares? O que fazer? Como um desabafo e com um resto de esperança, gritamos...
Socorro!!

***CORREÇÃO:

A localidade de Perau, grifada de vermelho no texto, é, na verdade, Cerro Claro.

A localidade de Cerro Claro, grifada de laranja no texto, é, na verdade, Poço Redondo.

As informações erradas foram obtidas com a redação do jornal Gazeta Regional, na quinta-feira, 2. O texto foi enviado na sexta, 3, às 14 horas, mas não foi possível corrigi-lo a tempo.


Bernardo B. Bortolotto



Texto publicado no jornal Gazeta Regional do dia 04 de abril de 2009

quinta-feira, 2 de abril de 2009

É sufocante e desagradável

Se você faz o trajeto São Pedro - Santa Maria(vice e versa) de ônibus já viajou em pé e amontoado em outros passageiros. As últimas viagens que fiz de lá para cá, foi em pé. Algumas pessoas ao meu lado, também em pé, reclamavam sem parar. E com toda a razão. O cobrador, com tom de voz nervoso, exclamava: “pessoal, aperta para o fundo que cabe mais gente”. O pior de tudo, é que pagamos o valor integral da passagem. Viajamos 40 quilômetros em pé e ainda precisamos dar uma apertadinha pra socar mais gente no corredor. Pode isso?

Esta semana liguei para o Departamento Autônomo de Estradas e Rodagens(DAER), para saber sobre a superlotação. É permitido por lei 45% de passageiros em pé do total sentados. Ou seja, em um ônibus com 42 bancos, podem ir até 19 pessoas em pé no corredor. Se passar disto, o DAER aplica multa de R$37,33 para cada passageiro a mais. Isto só ocorre se a fiscalização estiver na estrada ou se houver denúncia. O encarregado da fiscalização do DAER na região, Luis Fernando Uflacker garante o atendimento imediato em casos de denúncia.

Mas o problema, segundo Uflacker, é o horário de atendimento do órgão, que é das 8h às 11h30min e 13h às 17h30min. Porém, se houver uma denúncia, afirmando que em certa hora os transportes seguidamente carregam além do permitido, a equipe de fiscais vai até o local naquele horário.

Contei ao fiscal que certa noite, em um ônibus de estudante, estava chovendo para dentro a ponto de uma passageira abrir um guarda-chuvas. “Caracteriza falta de conservação”, diz Uflacker. Também lembra que, após uma denúncia, o DAER levou um ônibus até o corpo de bombeiros e pediu para jogarem água em cima, simulando uma chuva, para verificar se haviam goteiras.

Durante a entrevista, o fiscal insistiu quatro vezes para eu pedir aos usuários denunciarem as más condições e excesso de passageiros. “Parece que as pessoas têm medo”, reclama. A denúncia pode ser anônima e o DAER não revela o denunciante. Você pode delatar durante a viagem, com o seu celular. Existem dois números de denúncia em Santa Maria, são eles: 55 3222-7724 ou 55 3221-1876.

Não seja tímido, denuncie! Afinal, você paga passagem integral para viajar em pé e ouvir reclamação do cobrador? Isto que, nem aprofundei sobre o mau cheiro dos bancos, o barulho ensurdecedor do motor, as baratas passeando pelas paredes, o vento que passa pelas janelas fechadas e por aí vai. Para comprovar, viaje entre Santa Maria e São Pedro de ônibus, pela empresa que mais faz esta linha.
Já pensou no superfaturamento?

Bernardo B. Bortolotto

E-mail: colunabbb@gmail.com
Texto publicado no jornal Gazeta Regionl do dia 28 de março de 2009