sábado, 18 de setembro de 2010

As cores do meu Rio Grande

Foto: Luciano Stabel
O verde gaúcho brota dos campos e serve de alimento ao povo e animais. O verde dos pampas não é o mesmo “verde louro desta flâmula”. O amarelo dessa terra, “que nasci desde guri”, não vem da riqueza roubada há 500 anos. Verte da sabedoria e evolução. E o vermelho do sangue derramado por ancestrais é a honra pulsante nas veias de cada gaúcho.

O verde do mate traz o gaúcho pra casa, o leva ao campo, vira a terra, o põe em cima do cavalo na lida do gado. Não importa onde esteja, seja no norte ou nordeste. O sorver do chimarrão e o estalo da água espumada sumindo cuia adentro é o Rio Grande do Sul no coração. É a “aurora precursora” habitante da alma desse ser do sul.

Nossa liberdade brilha forte, em tom amarelo, iluminada pelo “farol da divindade”. Dói aos olhos que enxerga do centro, norte, leste e oeste. Quem vem desses lados é bem recebido e contagiado por “nossas façanhas”. Amarelo do manto da sabedoria está em cada passo gaúcho e de outros seres que estas terras habitam.

O vermelho, do sangue já derramado por tantos, percorre as veias e impulsiona o gaudério “forte, aguerrido e bravo”. É como um “fogo de chão” na alma gaúcha, que arde 20 de Setembro. É orgulho em bravura e em reconhecimento aos heróis de 1835. É o vermelho do amor galopante em tempos de paz.

A alegria de chimangos e maragatos está no “céu, sol, sul, terra e cor”. Vem do campo semeado a honestidade e da raiz crescida em sabedoria. É o fruto colhido da ternura, da honra e da liberdade. É o Rio Grande de amores. É o Rio Grande das cores da minha bandeira.

Um comentário:

  1. Adorei a relação entre as nossas músicas tradicionalistas, os hinos e as cores da bandeira. Muitooo legal!

    Sirvam nossas façanhas, né?

    Hehehe, beijo bê

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