sábado, 9 de abril de 2011

É preciso dizer bom dia

Foto: Bernardo Bortolotto

Não tem sido fácil encarar o ser humano nas últimas semanas. As notícias que entram nas casas das pessoas são estarrecedoras. Guerras espalhadas pelo mundo, genocídio de civis na Líbia, irresponsabilidade no trânsito resultando em mortes de inocentes e, por último, nesta semana, a chacina de crianças e adolescentes em uma escola do Rio de Janeiro. Diante disso, é inevitável dizer bom dia e não ficar constrangido.

Deprimente, revoltante, triste e, por aí, podem surgir inúmeros adjetivos para classificar como as pessoas reagiram diante da tragédia, na escola do Rio de Janeiro, na última quinta-feira. Crianças correndo de um lado para o outro, ensanguentadas e feridas com arma de fogo. A preocupação com o filho (parente ou amigo) que estava em alguma escola naquela hora foi inevitável.

O Brasil inteiro chorou a morte de 12 crianças. O país não compreendeu os motivos do assassino. Afinal, é injustificável. Pela carta deixada pelo autor das mortes, vem a certeza de um psicopata. A cada linha escrita fica expressa um sintoma de doença, loucura, rejeição afetiva e revolta social.

Vazio. Esse é a primeira sensação de quem assistiu à tragédia e soube que o psicopata cometeu o suicídio. Um ato de covardia, de quem planeja um ataque destes e se exime das responsabilidades das leis humanas. Porém, das leis divinas não terá como escapar.

A tristeza e a depressão invadiu os corações, modelou semblantes e provocou o derramamento de lagrimas. Por instantes, a esperança em um país justo começa a sumir. A perplexidade abate as demais pessoas. Diante de tudo isso, é preciso ter fé e acreditar nos seres humanos. Acordar pela manhã, olhar firme nos olhos e desejar um 'bom dia', como súplica de um futuro melhor e mais justo.



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