sábado, 27 de fevereiro de 2010

Quanto tempo de espera?

O que é? O que é? É necessário entrar nela, mas todo mundo evita? Essa foi fácil. Você já respondeu: a fila. Entrar em filas é um exercício de paciência. O tempo para. As pernas doem de ficar em pé. O corpo também dói de ficar sentado. É terrível. O nome “fila” já me espanta. Faço de tudo para não pegar uma. Já desisti de comprar porque iria esperar muito tempo na fila. Já atrasei pagamento por causa dessa danada. Dei meia volta no cinema por causa da indiana.

A maioria das pessoas já vai às agências bancárias, do INSS, correios e tantos outros, órgãos públicos principalmente, em horários alternativos de menor movimento. O mais triste disso acontece seguido. Vou usar como exemplo uma agência bancária que utilizei nessa semana, em Santa Maria. Cheguei ao local e retirei a senha. Pelo horário, 12h44min, havia pouca gente na fila. “Oba”, pensei. “Estou com sorte”. Que nada! Nos caixas, um, dois, três e quatro, somente de número o três tinha um atendente. Era o mesmo que uma fila enorme e os quatro atendentes trabalhando.

Aliás, esta é uma questão interessante: por que, geralmente quando se tem diversos balcões de atendimento, o número de atendentes é menor? Sempre há o desfalque? A população é obrigada a esperar um pouco mais. A compreender que o número de funcionários de um estabelecimento é reduzido. É obrigada a esperar e esperar.

Nessa minha última visita ao banco, finalmente quando chegou a minha vez, ao invés de simplesmente entregar a minha senha de atendimento, pedi um registro do horário que fui chamado. Foram 23 minutos de espera. Oito minutos além do que a lei exige. Um cartaz pequeno, colado em um canto discreto, dizia que todos ali deveriam ser atendidos em até 15 minutos. A moça do caixa me olhou com espanto.

Será que alguém cobra a lei do tempo de espera em filas? Acho pouco provável. Ninguém precisa mofar esperando, só precisa exigir um comprovante do horário de atendimento. Porque tolerância tem limite de 15 minutos.

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