sábado, 17 de julho de 2010

Com ou sem palmadas?

A proposta de lei encaminhada pelo presidente Lula, na última quarta-feira (15), pretende alterar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Se aprovada, a nova lei prevê punições aos pais, professores ou babás que usem da palmada, do beliscão e do empurrão para educar as crianças. A pergunta que me faço é: como vai funcionar?

Os educadores (ou agressores?) que derem as palmadas podem ser advertidos, encaminhados a programas de orientação à família ou receber orientação psicológica. Quem vai fiscalizar? De repente todo o dia alguém baterá a sua porta perguntando ao seu filho: “quantas palmadas você levou hoje garoto?”. Ou, o vizinho pode denunciar. Portanto, faça já as pazes com o seu! Porque você pode bater palma e ele ouvir uma palmada.

E depois da denúncia, quem vai julgar? O secretário de um juiz chegará no seu gabinete e dirá: “Meritíssimo, o senhor tem dez homicídios qualificados, oito políticos cassados por corrupção, quatro estupros e duas palmadas para julgar. Por onde quer começar?”.

E se a criança resolver colocar os dedos na tomada? Ah! Haja persuasão! “Não faça isso meu amor, é uma tomada e você vai levar um choque de 220 volts”. A criança olha com um sorriso maroto e taca os dedos!

Brincadeiras a parte, acredito que a palmada moderada e criteriosa dada pelos pais é essencial para a criação. De fato, muitas crianças sofrem com a violência doméstica no Brasil, principalmente em famílias desestruturadas. Contudo, os agressores não deixarão de bater por conta de uma lei. É assunto que deve ser discutido por todos. O quê você pensa sobre o assunto? Dê sua opinião e comente abaixo!

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