domingo, 31 de julho de 2011

Onde passado e presente se encontram

Foto: Bernardo Bortolotto
Talvez seja o ponto de referência mais lembrado pelos são-pedrenses. Não há de haver uma pessoa na cidade que não tenha passado por cima ou por baixo da Ponte Seca. Sejam as crianças a brincar pelos trilhos, os adultos espiarem o horizonte nas caminhadas à noitinha ou os mais velhos, a recordar quantos trens já pegaram e rodaram por aqueles trilhos que cortam pátios e ruas.

Quem sabe a Ponte Seca, como nós são-pedrenses a chamamos, tenha algum nome, em homenagem a alguém especial da nossa terra, e não sabemos. Ela é conhecida desta forma, porque ali está desde os primeiros anos de São Pedro do Sul e as pessoas já a  tinham como referência geográfica.

A Ponte Seca está impregnada de história. Época dos trens de transporte. Da ligação São Pedro-Santa Maria pela malha férrea. Este era apenas um dos itinerários possíveis. Viagens passíveis de muitos causos, risos, prazeres e descontentamentos. Quilômetros percorridos que hoje transitam somente a memória de quem embarcou naqueles vagões.

A ponte de concreto, não é apenas uma ligação da Avenida Walter Jobim com a Rua 15 de Novembro, é o elo com o passado são-pedrense. Ponte que hoje é pouco valorizada, afinal, lá, de vez em quando, passa um trem por de baixo.

Embora a cidade tenha muitas características que remetam ao município, para uns o barco do santo pescador, para outros a ossada do dinossauro encontrado neste chão e, ainda, as madeiras petrificadas. Para mim, o símbolo e a maior referência de São Pedro do Sul é a Ponte Seca.

De lá é possível de enxergar e admirar o céu rosado quando o sol nasce e o alaranjado do entardecer. Das guardas da nascem a perspectiva para o centro da cidade e às torres das principais igrejas são-pedrenses, católica e evangélica. É lá que o presente se encontra com o passado.

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