sábado, 27 de agosto de 2011

Um novo desafio


Um novo começo é diferente de começar de novo. Ele chega de repente. Carregado de sonhos e planos. Vagão de expectativas, onde, lado a lado, também estão certeza e incerteza. Este ‘tal novo começo’  será bom? Mas se não for bem assim como pensamos? Só saberemos lá adiante. No vai e vem desta ansiedade, porém, está a consistência da certeza daquilo que deixamos para trás.

Quando me distraí, este trem apitou e já estava numa estação, onde as máquinas apenas esperavam um passo meu para partir. Estavam sobre trilhos de promessas, dos quais, apenas era capaz de imaginar até onde poderiam me levar. Pensei, calculei, conversei, pedi conselhos a maquinistas experientes por estes percursos da vida.

Assumi um trem rumo a Santa Cruz do Sul. A partir de agora, terei de conduzi-lo pelos vales da região da RBS TV, por, pelo menos, 10 meses. Dado este passo, um até breve aos que ficam.

Daquele jeito, com o trem em movimento, começando a partir, metade do corpo pela janela, a mão abana. O coração acelera. Felicidade de partir com a certeza de que existem pessoas que conquistamos a amizade e o carinho! Sentimentos que podemos carregar para qualquer lugar que formos. Lembranças felizes.

Apesar da mudança, continuarei a escrever  para este espaço, até  quando for possível. Porém, agora, com um novo olhar. Pretendo trazer relatos de experiências em uma cidade colonizada por alemães, assim como em São Pedro do Sul.

Sempre retornarei à terra. Sempre com o olhar crítico, de um fiscal do dia-a-dia, de um jornalista. Jamais deixarei de comentar, criticar se for preciso e elogiar quando merecido. Meus contatos permanecem os mesmos e todos podem e devem manter contato quando acharem necessário.

O mais importante a compartilhar com vocês, neste momento, é o sentimento de gratidão para com todos aqueles que contribuem com este trabalho. Aos leitores e críticos. Obrigado!

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Até a hora de parar



Começar, todos sabem e gostam muito. Mas parar, que pode ser mais importante, todos desconhecem como fazer. Relações sérias. De um, dois ou 30 anos. Não importa o tempo, as pessoas precisam aprender a dizer “chega”, que não dá mais para levar adiante.

No início de um relacionamento, o tempo passa e ninguém vê nada em volta, a não ser aquela paixão calorosa. O casal está lacrado em um casulo de adrenalina. É tão lindo e tão bom. Pena que não é para sempre. É aí que entra a sinceridade. Que os contos de fada fiquem apenas nos livros e animações. É preciso encarar a realidade, a vida a dois é difícil e exige sacrifícios.

As relações estão em um nível de superficialidade neste século 21, tais quais, as desilusões amorosas estão cada vez mais frequentes. È a corrupção dos casais. A famosa traição. Estes são egoístas. Não querem perder quem está ao seu lado. Aquele porto seguro, sabe? Então, cometem banalidades, aos tempos atuais, mas de conseqüências irreversíveis a quem sofre uma traição.

E o dizer “basta” serve também para quem há anos está com uma pessoa e, mesmo que não saia com outras, mantém o relacionamento por pena do companheiro (a). Ou, quem sabe lá por que. A pessoa está indecisa se quer ou não. Fica naquela. Que felicidade é essa? Este sacrifício é necessário? Se a pessoa está com dúvida, em respeito ao próximo, ela precisa parar por ali. Se resolva sozinha, depois assuma responsabilidades com alguém.

A humanidade está carente de sinceridade. Um ato sincero é ter coragem. É assumir responsabilidades planejando o futuro. Que todos possam começar um romance, o amor e a paixão fazem bem. Mesmo que não seja algo como num livro de romance. Contudo, saiba a hora de parar, não seja covarde, não pise naquele (a) que tanto já lhe deu. Dizer “não dá mais”, quando verdadeiro, também é bonito.

sábado, 13 de agosto de 2011

A luta tem de ser local


Segurança. Essa é a palavra de ordem em São Pedro do Sul. A que tem estado em todas as rodas de conversa da cidade. Acontecimentos violentos que têm repercutido na imprensa e chamado a atenção da sociedade, nos últimos meses, suscitam o debate. Nas últimas semanas, a Brigada Militar (BM)intensificou as ações nas ruas, com a realização de blitze em diversas regiões do município.

Geralmente contando com o apoio do efetivo de Toropi, a BM está parando veículos, pedestres e identificando suspeitos. Passou a circular mais pelas ruas centrais e em alguns bairros. Levando a sensação de segurança. Espantando aqueles que promovem a desordem e coibindo assaltos. Mas o principal, e que mais chama a atenção, é a redução das brigas e confusões na praça.

Uma simples ação da polícia. O básico que a BM deveria fazer e, que hoje, precisa do apoio de policiais de cidades vizinhas. Os governos (estadual e federal) estão esquecidos das cidades pequenas. Pouco investem em segurança e educação. O estado deixa a desejar nestas áreas. Conta com as estratégias dos comandos locais, para que se virem como possam. Assim mesmo, se virem como der. É assim que tem sido feito há muitos anos.

Os governantes não estão preparados para conter a violência. Não há efetivo suficiente, condições de trabalho adequadas e salários dignos. Quanto vale a vida de um policial para o estado? Para vítimas e a sociedade os serviços de um policial não têm preço.

Está na hora das políticas públicas serem pensadas para o interior. A prioridade ainda é para grandes cidades. Mas as drogas, principalmente o crack, não conhecem fronteiras. Elas promovem a violência e a sociedade de cidades menores não está preparada para esta onda criminosa. Essa é a hora de unir forças entre todos poderes locais. A população, por meio de associações e autoridades, precisam se reunir e buscar soluções. Somente assim, acredito, será possível dar um basta nos atos de violência.

sábado, 6 de agosto de 2011

O fim da bandidagem

Agora os bandidos e vândalos de São Pedro do Sul estão com os dias contados. Adeus vagabundagem! Ninguém irá ver estes rapazes de má índole destruir bancos, pichar a caixa d’água, destruir o patrimônio público. Chegou o fim dos esfaqueamentos e garrafas quebradas em cabeças. Ora, estes meliantes (como costuma dizer a polícia) são ingênuos! Jamais pensariam que um dia a prefeitura pudesse e teria a audácia e a coragem de podar as árvores da praça. Comemorem seres de bem e de paz, que pagam os impostos em dia, a segurança está garantida, os galhos foram cortados.

            Essa coisa de instalar câmeras de vigilância para flagrar os bandidos, como sugere o Ministério Público Estadual (MP) ao município, é coisa ultrapassada. Além disso, é muito caro! E pode ser constrangedor para os assaltantes. Imaginem só, eles seriam reconhecidos e, quem sabe, depois, até presos. Ah, e o direito de imagem? Quem iria pagar! Quantos processos isto não daria, hein?

            O negócio bom é podar galhos. A luz do sol passa mais. E à noite? Por um período tem lua cheia. Todo mundo se enxerga nesta fase. Não pense que as oito lâmpadas, fixadas no centro da praça, são insuficientes para iluminar todo local. Não! Eram os galhos das árvores que atrapalhavam. Você não percebe isto? Agora a luz viaja no espaço. Exceto embaixo da caixa d’água. Mas quem vai passar por ali mesmo? Ah, tem uma lâmpada lá.

            Quem se interessa por estes troncos, cheios de folhas, destas raízes fincadas há um século, no solo são-pedrense? Um pouco menos, quem sabe um pouco mais que cem anos. Tanto faz! A prefeitura tem toda liberdade para fazer o que bem entender com as árvores. Está na legislação. Pode até cortar a facão, deixar lascas. Primeiro segurança, depois se pensa no resto. Esta história de meio-ambiente, camada de ozônio e CO2, aquele papo furado dos ambientalistas, é coisa de cidade grande e de quem, provavelmente, não tem o que fazer.

            Tem gente tão feliz com a idéia que já podou todas as árvores do pátio de casa. O cachorro, acostumado a cuidar do espaço ocioso, tirou férias. De furioso e “rosnento” passou a bobão e babão. Sai para a noite atrás de cadelinhas no cio. Não se preocupa mais com o ladrão que pula o muro com um saco nas costas. Virou coisa de desenho animado. As árvores foram podadas. Para garantia da família, algumas até foram decepadas.

            Investir em iluminação para quê, se a galera do mal vai destruir os postes depois? Povinho sem educação esse, hein? Este choro de pouco policial, deixe para lá. É só “limpar” a praça que todo mundo vê o que acontece. Bandido não gosta de ser visto. Se a idéia é levada adiante às grandes cidades, será a revolução do século 21. Será o fim da violência! E das árvores também.