sábado, 1 de agosto de 2009

A invasão do crack

A quantia apreendida de drogas, na vila Riveira, em São Pedro do Sul preocupa, não somente as autoridades policiais, como também a população. Na noite de quarta-feira, 29, a Polícia Civil (PC) prendeu cinco pessoas por tráfico de entorpecentes. Foram capturadas 121 pedras de crack, 20 trouxas de cocaína e uma de maconha, além de dinheiro e documentos de terceiros. O município de, cerca de, 16 mil habitantes passa a ganhar novos ares e problemas de cidade grande.

Para o delegado da PC, Sandro Meinerz, o número de drogas apreendidas é altamente expressivo, para São Pedro. “Para uma cidade pequena que tem um índice de criminalidade razoavelmente baixo, realmente é uma quantidade elevada. O que demonstra que há uma alta procura”, diz. O delegado ainda acrescenta que o número de roubos a pedestres está aumentando no município.

Talvez tenhamos visto somente a ponta de um iceberg. “No local havia apenas a comercialização. Provavelmente a droga era escondida em outro local”, destaca Meinerz. O comércio do crack, segundo a PC, inicia durante a tarde e termina no final da madrugada. As investigações iniciaram depois que populares passaram a denunciar a situação. Para o delegado da Polícia é alarmante o número de jovens circulando no local durante a noite. “É mais movimentado que o centro da cidade”, afirma Sandro Meinerz.

O agravante, é que, o crack já faz parte da vida de centenas, talvez de milhares, de são-pedrenses. O entorpecente é responsável por mudanças nas estatísticas de criminalidade. O número de assaltos, roubos e práticas criminosas aumenta nas cidades onde o tráfico é predominante. Ainda não é o caso de São Pedro do Sul.

Em 50 dias, conforme a Polícia, sete traficantes foram presos. Um resultado positivo das investigações realizadas. O objetivo destes trabalhos é coibir o tráfico, a receptação do alucinógeno, o furto e o roubo no perímetro urbano.

A sociedade está diante de uma nova realidade, triste, predatória e incontrolável. Crianças, jovens e adultos podem se tornar vítima da epidemia mais temível da raça humana: o crack. E este problema não pode ficar somente nas mãos da polícia. A orientação e a educação dentro de casa são fundamentais e decisivas na hora de dizer “não” às drogas.

E-mail: colunabbb@gmail.com
Texto publicado no jornal Gazeta Regional do dia 01 de agosto de 2009

Nenhum comentário:

Postar um comentário