O Dia dos Pais é muito importante para mim. A é data valiosa para todos, mas, por algumas particularidades, é meu momento de matar a saudade e passar um dia inteiro com o “velho”. Nosso programa é mais simples do que você possa imaginar. Quando criança, “o pai” levava para passear, almoçar e assistir a “Temperatura Máxima”. Coisas normais de um dia-a-dia ou final de semana em família. Porém, cresci distante do meu pai e conforme os dias se aproximavam do segundo domingo de agosto o frio na barriga aumentava.
“Que horas o pai vai chegar?”, perguntava minha irmã. “Umas 9h”, eu respondia. Nós sabíamos que ele chegaria de manhã, mas não a hora exata. Pelo menos ajudava a enganar a ansiedade em casos de atraso. Quando a cadelinha latia, a gente se apressava e largava tudo. Uma breve discussão para quem iria entregar o presente e corríamos até a porta esperar.
Depois desta data, o encontro poderia levar alguns dias, semanas ou meses para se repetir. Sempre soube dos problemas e das dificuldades deste “gaudério”. Às vezes causa tristeza ou revolta e isso faz parte e é normal. O telefone ainda é o nosso principal meio de aproximação durante grande parte do ano. E não veja isso como um problema. Ao contrário, gosto muito de falar com alguém que, apesar de suas dificuldades, sabe orientar e prestar conselhos. Meu pai é assim. Nós não precisamos estar juntos para estar perto um do outro.
Com o tempo, percebi que, esteja longe ou perto, pai e filho estarão sempre juntos. Alguns separados pelas imperfeições da vida, pelo trabalho ou estudo. Por isso, o presente tem de ser dos melhores, no Dia dos Pais. Não falo de um presente material. O melhor de todos, é o sorriso de quem recebe uma lembrança, a emoção retribuída em abraços e as horas passadas juntos. As lembranças que ficarão imortalizadas. Pai e filho estão interligados pelo pensamento, espírito, pela genética, ou, simplesmente, pelo amor. Pai, eu te amo! Feliz Dia dos Pais.
E-mail: colunabbb@gmail.com
Texto publicado no jornal Gazeta Regional do dia 08 de agosto de 2009
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