Foto: Bernardo Bortolotto
Curvas perfeitas, cheiro delicioso e beleza incomparável. Parecem lábios vermelhos cintilantes. Um sorriso escancarado de alegria e empatia. Delicada. Sempre disposta a fazer um afago. Não aos desajeitados. Para estes sobram espinhos. Para apanhar uma rosa é necessário muito cuidado e carinho. A flor precisa de água, luz e de alguém, para crescer e florir.
Filhos são como flores e as mães são como as jardineiras. O jardim precisa de cuidados constantes todos os dias. As jardineiras estão lá para dar toda atenção do mundo para as flores que ainda dormem na terra úmida e fofa. As primeiras pétalas, enroladas uma nas outras, apontam pra fora e são comemoradas. São resultados da preocupação diária das jardineiras.
O tempo passa, o caule e os primeiros espinhos crescem. As pétalas ainda estão fechadas. A preocupação da jardineira aumenta. Ela não sabe como as rosas podem desabrochar. Poda aqui, poda lá, põe água, protege do vento, do sol escaldante e da cerração. Passa primavera, verão, outono e inverno. As flores recebem tudo com carinho e aos poucos vão percebendo o suador que dão na jardineira.
As flores atentas começam a abrir as primeiras pétalas e exalam perfume. A jardineira, cuidadosa, sente de longe o cheiro agradável, o fruto de atenção, carinho e amor. Agradecidas, as rosas desabrocham como se abrissem os braços e um sorriso para aquela que lhes cuidou a vida inteira. É a recompensa da jardineira.
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